segunda-feira, 18 de maio de 2015

O que é a matéria?

Matéria é qualquer substância que ocupa luga no espaço e possui existência física - (possua massa e volume) -, podendo estar nos estados sólido, líquido e gasoso.

Exemplos de matéria:

Água:
Água nos estados líquido e sólido.

Madeira:



Diamante:




Como pode se apresentar a matéria?

As principais formas em que a matéria pode se apresentar são : Sólido, líquido e gasoso.

Estado Sólido:


Organização molecular da matéria no estado sólido.
Gelo: água no estado sólido

No estado sólido, os corpos (porções limitadas da matéria), possuem forma e volume definidos, a uma dada temperatura, nao sofrendo grandes modificações com pequenas variações de temperatura e pressão.
As partículas que constituem um corpo no estado sólido estão sujeitas à forças de coesão relativamente grandes.
Estas partículas são dotadas de ínfima movimentação, unicamente de vibração.
Tudo isso confere rigidez à um corpo sólido.


Estado Líquido:

Organização molecular da matéria no estado líquido.
Água no estado líquido
No estado líquido, os materiais possuem volume definido, porém sua forma é variável de acordo com o recipiente que o contém.
Esta grande fluidez dos líquidos é devida à um abrandamento das forças de coesão.
Além de vibração, as partículas são dotadas de movimento de translação.


Estado Gasoso:

Organização molecular da matéria no estado gasoso


Nuvem: água no estado gasoso

No estado gasoso a fluidez é total,  sendo que os gases sempre procuram ocupar o maior espaço possível no interior de um recipiente.
Praticamente inexistem forças de coesão.
Além do movimento de vibração e translação, as partículas gasosas possuem movimento rotatório.
Os gases, portanto, não tem forma nem volume fixo. São muito compressíveis e expandem-se com facilidade. Uma pequena variação de temperatura ou de pressão, influenciam bastante suas condições.


sábado, 4 de abril de 2015

Costa Rica - Ecoturismo Sul-americano

Dave Seminara/The New York Times

Preservação ecológica é um dos grandes diferenciais de Costa Rica

A Costa Rica é um destino sem endereços. Nada de nomes nas ruas ou número nas casas. Por mais isso pareça estranho, no pequeno país os habitantes estão acostumados com indicações como 'da casa de construções Manolo, 175 metros ao Sul, 200 ao Norte, o sobrado pintado de azul'.
É mágico ver taxistas e entregadores acertando o seu destino, sem bússolas ou GPS. E impressionante quando você mesmo começa a adquirir noções de distância e de localização dos pontos cardeais.
Há muitas outras coisas interessantes nesta área estreita da América Central, com divisas com Panamá e a Nicarágua e banhada pelos oceanos Pacífico e Atlântico. A população costarriquenha conta com um sério senso de preservação ambiental, que tem levado o país a destacar-se internacionalmente. Embora tenha um território de apenas 51.100 km², a Costa Rica guarda 5% da biodiversidade do planeta, tem 26% de sua área em zonas preservadas e oferece aos visitantes parques, vulcões e praias com paisagens variadas e belezas paradisíacas.
É possível ir do Pacífico ao Atlântico atravessando o país em apenas cinco horas, certo de que em nenhum momento a monotonia tomará conta dos olhos. O país está dividido em sete províncias, subdivididas em 81 cantões (ou cidades). As sete províncias são: San José (onde está localizada a capital, de mesmo nome), Alajuela, Cartago, Heredia, Limon (na região do Caribe) Guanacaste e Puntarenas (estas duas banhadas pelo oceano Pacífico).
O catolicismo é a religião oficial da Costa Rica e também a praticada por quase 80% de seus habitantes. Em todas as cidades multiplicam-se as igrejas ladeadas por amplas praças, configuração que gera um clima singelo similar ao encontrado nas cidades de interior brasileiras.
Teatro Nacional da Costa Rica
Os costarriquenhos, ou os 'ticos' como eles se autodenominam, são receptivos, simpáticos e, em sua maioria, bem humorados e gentis. Na região de Limon, no Caribe, encontra-se praticamente toda a população negra do país. Vindos da Jamaica para a construção de uma estrada no início do século 20, os negros de Limon comunicam-se em inglês na maior parte do tempo e em geral mostram-se mais expansivos. É nesta região também que ocorre o mais famoso Carnaval costarriquenho, com desfiles nas ruas e muita música caribenha e africana, no mês de outubro.
Algumas Características E Informações Sobre A Costa Rica:
Costa Rica é um país localizado na América Central, encontra-se entre a Nicarágua (norte) e o Panamá (sul), é banhado pelos oceanos Pacífico e Atlântico.

Esse país foi descoberto por Cristóvão Colombo em 1502. Costa Rica alcançou a independência no dia 15 de setembro do ano de 1821, e, em 1824, incorporou-se ao México. Nesse mesmo ano passou a fazer parte da Federação Centro Americana e desintegrou em 1838. A democracia propriamente dita consolidou-se a partir das eleições de 1890, que colocou no poder José Joaquim Rodriguez.
O território da Costa Rica é dividido internamente em províncias, mais precisamente sete, são elas: Guanacaste, Alajuela, Heredia, Cartago, San José, Limón e Puntarenas, além de outras subdivisões em 81 cantões e 463 distritos.

A área ocupada pelo país é constituída por cordilheiras que cruzam o território de noroeste para sudeste, paralelamente às planícies costeiras.

Quanto a composição climática é constituído pelo clima tropical e subtropical, esfriando nas altitudes. O clima possui característica de apresentar uma estação seca de novembro a abril e uma chuvosa de maio a outubro. A cobertura vegetal predominante no país é a floresta tropical úmida e uma restrita floresta tropical seca.
 

As florestas nativas da Costa Rica abrigam grandes riquezas de espécies vegetais, tais como ébano, balsa, caoba e cedro, robles, cipreses, manglares, helechos, guácimos, ceibas e palmas. É possível encontrar cerca de 1.000 espécies de orquídeas, a parte central do país concentra a maior quantidade dessa planta do planeta.

Na fauna destacam-se animais como puma, jaguar, macaco, coyote, tatu, além de aproximadamente 850 espécies de aves. Costa Rica abriga pelo menos 205 espécies de mamíferos, 850 espécies de aves, 169 espécies de anfíbios, 214 espécies de répteis e 130 de peixes de água doce. Os recursos naturais presentes no território são bastante diversificados, mesmo com uma área relativamente pequena responde por 5% de toda biodiversidade.
O setor econômico da Costa Rica está vinculado principalmente ao turismo, agricultura e produtos eletrônicos com produção destinada à exportação. Um fator positivo desse país é o de conseguir aliar desenvolvimento econômico e social com preservação ambiental.

Uma curiosidade: a Isla del Coco, parte do território do país, é a maior ilha desabitada do mundo e foi cenário do filme 'Jurassic Park'.

Como a Costa Rica conseguiu produzir toda sua eletricidade de forma limpa


Planta geotérmica usa vapor de vulcão dormente para gerar energia

Durante os primeiros 75 dias deste ano, a Costa Rica conseguiu uma marca inédita: usou apenas energia renovável para abastecer sua rede elétrica, em meio a esforços para "limpar" sua matriz energética até 2021.
O país se beneficiou de três represas cheias graças a um período excepcional de fortes chuvas, além da energia de fontes geotérmica - que usa o calor vindo do interior da Terra - , eólica, solar e biomassa, segundo o Instituto Costa-riquenho de Eletricidade.
Com isso, as usinas térmicas do país não precisaram ser usadas no período, "com consequente benefício ambiental e econômico, porque não houve necessidade de usar combustíveis (fósseis)", disse o instituto.
Por enquanto, só metade das fontes de energia primária da Costa Rica são renováveis. Neste ano, o país conseguiu avançar "limpando" a energia elétrica.
Especialistas consultados pela BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, apontam que o país tem tentado obter rendimento máximo de seus recursos naturais para evitar ter de importar hidrocarbonetos.
Um dos elementos-chave foi a integração ao Programa de Energias Renováveis e Eficiência Energética Centro-americana (4E), implementado pelo escritório de cooperação internacional do governo alemão junto à Secretaria-Geral do Sistema de Integração da América Central (SG-SICA), que trabalha para fomentar uma matriz mais limpa na região.
O diretor regional do programa 4E, Manfred Haebig, explica à BBC Mundo que o país "sempre teve a matriz energética mais 'verde' da América Central".
A matriz é composta em 80% por hidrelétricas e só 20% das energias renováveis é eólica e geotérmica (uma usina no país é abastecida pelo vapor de um vulcão dormente).
O problema disso - além do impacto da construção de hidrelétricas - é que o modelo é bastante dependente do clima: se falta água, o fornecimento de energia fica comprometido.
"Hoje as represas estão cheias e pode-se falar de 100% de energia renovável. Mas isso é dinâmico e pode mudar ao longo do tempo", explica Haebig.
A novidade, no caso costa-riquenho, é que o país tem levado em consideração as mudanças climáticas, que alteram, por exemplo, a constância das chuvas, explica Tabaré Arroyo, autor do estudo "Líderes em Energia Limpa", produzido para a organização ambiental WWF.

País criou ambiente propício para investimentos em energia renovável

Arroyo explica que a Costa Rica tem investido não apenas em energia hidrelétrica, mas também eólica e geotérmica, para o caso de caírem os níveis de água acumulada nas represas.
"Obter 100% de eletricidade renovável é algo novo na América Latina", afirma.

'Líder regional'

Em seu relatório para a WWF, Arroyo explica que dois mecanismos ajudaram o país centro-americano a avançar nas energias renováveis.
O primeiro é um sistema de leilão para a compra adicional de energia limpa.
O segundo é um programa para promover a geração de energia pelos próprios consumidores - "que conectam seus sistemas solares, eólico, de biomassa e cogeração à rede", explica o especialista. Esses pequenos produtores podem vender os excedentes, o que vem ajudando a abastecer a rede energética.
"Graças a seu grande potencial e um marco jurídico favorável, a Costa Rica criou um ambiente atrativo para investimentos em energia renovável", diz o relatório.
Entre 2006 e 2013, o país atraiu mais de US$ 1,7 bilhão para financiar projetos energéticos limpos.
Com isso, a Costa Rica virou o "país latino-americano mais bem posicionado no Índice de Sustentabilidade Energética", diz a WWF.
Ao mesmo tempo, reportagem do jornal britânico The Guardian ressalta que a Costa Rica ainda enfrenta muitos obstáculos para cumprir suas metas energéticas: além de ter um padrão instável de chuvas, o país ainda depende do petróleo para o setor de transportes.
O combustível consumido por carros, ônibus e trens responde por quase 70% das emissões de carbono costa-riquenhas. E são poucos os carros híbridos disponíveis, disse o jornal.
Ainda assim, em um país dependente do turismo ecológico, "faz sentido buscar fontes de energia limpas e não contaminantes", diz Jake Richardson, especialista em energia renovável do site Clean Technica.
O objetivo é também economizar na importação de combustíveis fósseis e no próprio bolso: a Autoridade Reguladora de Serviços Públicos calcula que a tarifa de eletricidade ficou até 15% mais barata graças às mudanças energéticas.

Via: BBC

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Pentagrafeno: Descoberta nova variante do carbono

Pentagrafeno: Descoberta nova variante do carbono
A simulação computacional garante que é possível sintetizar uma camada de átomos de carbono com estruturas de cinco lados. [Imagem: Virginia Commonwealth University]
Pentagrafeno
Uma equipe internacional acaba de descobrir uma variante estrutural do grafeno, batizada por eles de pentagrafeno.
Trata-se de uma folha monoatômica de carbono puro que apresenta uma estrutura pentagonal (5 lados) - o grafeno possui uma estrutura hexagonal (6 lados).
"As três últimas formas de carbono que foram descobertas foram os fulerenos, os nanotubose o grafeno. O pentagrafeno vai pertencer a esta categoria," avalia Puru Jena, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, que fez a descoberta em conjunto com colegas do Japão e da China.
A equipe simulou em computador a síntese do alótropo do carbono formado apenas por hexágonos. Os resultados sugerem que o material poderá rivalizar com o grafeno, sendo mecanicamente estável, muito forte e termicamente estável até cerca de 1.000º C.
Melhor que o grafeno
A grande vantagem da nova forma de carbono é que o pentagrafeno parece ser semicondutor, considerada a grande deficiência do grafeno para sua aplicação na eletrônica.
Para aplicações estruturais - fibras ultrafortes, por exemplo - o pentagrafeno parece ser melhor, já que, se for esticado, ele se expande nos dois planos, enquanto o grafeno expande-se na direção em que é puxado mas se contrai na perpendicular.
O próximo passo será sintetizar o pentagrafeno na prática e ver se ele realmente se comporta como nas simulações de computador.
"Uma vez que você o fabrique, ele será muito estável. Então a questão se torna, Como fazê-lo? Em nosso artigo nós damos algumas ideias. Neste momento o projeto é teórico, é baseado em modelagem computacional, mas nós acreditamos muito fortemente nessas previsões," disse Shunhong Zhang, dono do momento eureca da síntese do pentagrafeno.
"E, uma vez que você o tenha fabricado, ele abrirá um ramo totalmente novo na ciência do carbono. Carbono bidimensional feito completamente de pentágonos era totalmente desconhecido até agora," finalizou ele.

Faça você mesmo: NASA apoia a criação de satélites por cidadãos comuns


  (Foto: divulgação CPBR 8)
Você pode construir um satélite da sua casa usando apenas seu celular! O consultor da NASA, Matthew F. Reyes, apresentou em sua palestra na Campus Party alternativas colaborativas para os cidadãos comuns ajudarem em pesquisas espaciais. "A NASA é uma agência espacial feita para as pessoas e não para os militares", disse Reyes.

Reyes apresentou os CubeSats, nanosatélites lançados através de outros satélites já no espaço. Essas micronaves são alternativas para exploração espacial por serem pequenas e leves - medem cerca de 10 cm³ e pesam menos de 3 quilos. O consultor da NASA ainda disse que essa tecnologia é simples e pode ser feita por qualquer pessoa. Em um vídeo, ele mostrou a ação de um smartphone dentro de um CubeSat. “São satélites de curto alcance. Acabam queimando na própria atmosfera da terra, então não se torna lixo espacial”, explica Reyes sobre a decomposição dos microsatélites.


As impressoras 3D também foram assunto na palestra de Reyes. Ele apresentou projetos da NASA de usar essa tecnologia na Lua. Funcionaria da seguinte maneira: um pequeno robô com uma impressora 3D acoplada recolheria rochas lunares e construiria estruturas mais complexas, como uma base lunar. “É uma tecnologia simples e totalmente factível”, encerrou Reyes.


Confira o vídeo do projeto da agência espacial européia com impressoras 3D na Lua:



Via: Galileu

“O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de São Paulo”

“O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de São Paulo”

Para o meteorologista Augusto José Pereira Filho, professor da USP, a falta de nuvens é a explicação para a seca que atinge o Sudeste. Nesta entrevista, ele afirma que o fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. A próxima estiagem, diz ele, já tem data para ocorrer: entre 2019 e 2024


O meteorologista Augusto José Pereira Filho
O meteorologista Augusto José Pereira Filho (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

A crise hídrica que afeta o Sudeste levou a uma busca por explicações para a ausência das chuvas. A hipótese mais forte, segundo meteorologistas e ativistas, é que o aquecimento global seja a razão por trás do calor e seca sem precedentes. O planeta estaria sofrendo as consequências das emissões do CO2 causadas pelo homem: temperaturas extremas, desequilíbrio ambiental, falta d’água. Na última quinta-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que a estiagem e a crise hídrica de vários países, provocadas pelas mudanças climáticas, pode levar a conflitos entre as nações. Para Augusto José Pereira Filho, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo e um dos maiores especialistas do Brasil em recursos hídricos e previsões climáticas, a explicação é outra.
Com sua experiência de meteorologista com títulos e qualificações em instituições como a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), Pereira Filho desmente as relações entre a estiagem que vivemos e o desmatamento da Amazônia ou o acúmulo de CO₂. Em seu gabinete da universidade, rodeado por dados de radares, satélites e dados dos milímetros de chuva que caem na região metropolitana de São Paulo, prevê com a precisão que a ciência atual é capaz de oferecer que essa crise se tornará rotina: a próxima deve atingir o Sudeste entre 2019 e 2024.
“Esse fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. Trata-se de um ciclo que tem ocorrido a cada cinco ou dez anos”, afirma.
Ação do homem — O cientista também questiona a certeza de que o homem está por trás do aquecimento global. Nosso impacto, diz Pereira Filho, é determinante apenas localmente. Para o planeta, somos um dos inúmeros e complexos fatores a influir em suas condições meteorológicas — e estamos longe de ser os mais fortes.
Nesta entrevista, Pereira Filho afirma que ainda existem incertezas sobre o funcionamento de mecanismos climáticos e meteorológicos básicos, como o ciclo da água ou das nuvens. Nessa área, a ciência esbarra em limitações que tornam impossível afirmar que há apenas uma causa para explicar nevascas, secas ou tempestades inesperadas. São conjuntos de fatores que, unidos, trabalham para gerar as temperaturas e eventos que conhecemos. E, às vezes, eles surpreendem.
Na última quinta-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que a seca e a crise hídrica de vários países, causadas pelas mudanças climáticas, pode levar a conflitos. Há relação entre o aquecimento global e a seca que o Sudeste enfrenta? O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de São Paulo. Essa crise acontece porque as nuvens sumiram justamente na estação chuvosa de São Paulo. A região metropolitana é uma ilha de calor, isto é, mais quente do que o seu entorno por causa da poluição, concreto e asfalto. Esse fenômeno favorece as chuvas e, por isso, chove muito mais na cidade que no passado. Os anos de 2010 a 2013 estão entre os dez mais chuvosos da história de São Paulo.
Como pode estar mais seco e chover mais? Não há falta de chuva? Está chovendo mais, mas nos lugares errados. Chove sobre a capital, que é uma ilha de calor, mas não está chovendo sobre o sistema Cantareira. São regiões que passam por situações meteorológicas diferentes. O ano de 2014 não é o ano mais seco da história da cidade de São Paulo, mas o 13.º no ranking.
Então por que essa seca é vista como histórica? A região metropolitana está mais quente, mais seca e com poucas nuvens. Assim, quando a chuva se forma, são tempestades intensas devido ao excesso de calor e umidade trazida pela brisa do mar — que evaporam rapidamente por causa das altas temperaturas. Além disso, com o calor, as pessoas consomem mais água, agravando sua falta nos reservatórios. Em janeiro, de acordo com nossas medições, choveu acima da média na cidade de São Paulo. 
Os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que em janeiro em São Paulo houve apenas 156,2 milímetros de precipitação, abaixo da média histórica (de 1943 a 2015) de 262,4 milímetros. Por que o senhor diz que choveu mais? A estação do IAG tem dados diferentes, que mostram que choveu 261 milímetros, ou seja, 40 milímetros acima da média histórica (de 1933 a 2014) de 220 milímetros. Essa diferença nas medições acontece porque a estação do Inmet está no mirante de Santana, um lugar que se modificou muito nos últimos sessenta anos, com ocupação e construções. Já a estação do IAG está sobre um lago no Parque do Estado, na capital. Como essa é uma área protegida, ela não sofreu alterações significativas desde que foi construída e, assim, é capaz de registrar apenas as variações climáticas. Em meteorologia, sutilezas como essas são muito importantes. 
Então não é possível confiar nos dados? É prudente saber de onde vêm. Estações meteorológicas, pluviômetros, radares e satélites são equipamentos sensíveis e que precisam de manutenção constante. É difícil conhecer as condições de todos os equipamentos para saber exatamente a qualidade dos dados. Pode haver interferências de todo o tipo nas informações. Se um pluviômetro está no meio da floresta e um passarinho faz seu ninho sobre ele, os dados são alterados. 
Outra hipótese levantada sobre as causas da seca no Sudeste é o desmatamento na Amazônia. Há alguma relação? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O papel da Amazônia é transferir a umidade do Atlântico para o Sudeste e Sul. A Amazônia é uma dádiva do Oceano Atlântico. A floresta também sofreu com a falta de chuvas. A seca está relacionada, entre outros fatores, à ausência da Zona de Convergência do Atlântico Sul. Esse fenômeno, caracterizado por nuvens e massas de ar frio que atraem a umidade da Amazônia e a injeta no Sudeste, trazendo chuvas, de início se deslocou em direção à Bahia e, em seguida, deixou de acontecer. 
Via: Veja

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Imagens da NASA revelam lado oculto da Lua




                     E se as rupturas da represa abrirem muito rápido
                      E se não houver nenhuma casa em cima da montanha
                        E se sua cabeça explodir com mau presságio também
                          Eu verei você no lado escuro da lua
                                                  Pink Floyd - Brain Damage 

Um mapeamento de cinco anos de duração da Nasa revela mais detalhes da face oculta da Lua.
Imagens feitas pela espaçonave-robô Orbitador de Reconhecimento Lunar deram origem a um vídeo divulgado nesta semana pela agência espacial americana.
O lado da Lua que não pode ser visto a partir da Terra abriga uma região acidentada chamada de bacia do Polo Sul-Aitken, resultado de um dos maiores e mais antigos impactos conhecidos no Sistema Solar. 


Via: BBC

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A física por trás da mancha de café




Manchas de café podem parecer banais, mas elas são realmente uma interessante peculiaridade da física.

Agora, pesquisadores descobriram uma reviravolta surpreendente que muda nossa compreensão de como essas manchas se formam. Acontece que líquidos, como café , que são constituídos por partículas esféricas, secam de forma diferente do que os líquidos com partículas mais alongadas, descobriram os cientistas.
No caso do café, todas as partículas, ou aglomerado de moléculas, são cerca de um micrômetro (um milionésimo de metro) de largura, que é cerca de 10.000 vezes maior do que as moléculas individuais de café, disseram os pesquisadores.

Manchas de café
mancha de café

Como uma gota de café seca, o líquido evapora mais eficiente a partir de bordas mais finas da gota. O líquido no meio, então, flui para fora, para repor as margens, carregando os sólidos em suspensão com ele. Estes são, então, deixado para trás em um anel em torno das bordas da queda, quando toda a água tiver evaporado, deixando o halo escuro revelador à beira da queda, com um centro mais translúcido para a mancha.

Investigadores assumiram que as partículas que eram oblongas, em vez de esféricas, se comportam de forma semelhante. Para sua surpresa, eles descobriram que as partículas alongadas tendem a se acumular muito mais fortemente do que as partículas esféricas . Isso impede o acúmulo do fluxo de líquido a partir do meio de uma gota para a borda, distribuindo assim os sólidos mais uniformemente quanto a gota seca, e deixando para trás uma mancha, mesmo sem o efeito de anel.



"Eu acho que as pessoas ficam muito surpresas ao saberem que apenas mudando a forma das partículas, sem alterar a química, somos capazes de evitar este efeito", disse  estudante Peter Yunker, da Universidade d Pensilvânia, que liderou a pesquisa.
A revelação poderia ser de interesse para além da comunidade da física.
conteúdo elegante de física em objetos do cotidiano, " disse Yunker. "Há também uma grande quantidade de aplicações práticas que saem de uma física muito básica."


Por exemplo, a descoberta da mancha de café poderia ajudar as pessoas que trabalham  com tinta, como pintores, que muitas vezes não medem esforços para impedir que os seus produtos sequem de forma irregular, sem adição de solventes sólidos extras.


"Nós estávamos realmente interessados ​​em compreender o que podemos fazer para evitar o efeito do café-ring", disse Yunker.


"Em cartuchos jato de tinta, a tinta custa mais do que champanhe caro por volume", Yunker acrescentou. "Se conseguirmos reduzir o teor de sólidos em tinta a jato de tinta por uma pequena quantidade, nós potencialmente poderia diminuir o custo por uma grande quantidade."

Via: Live Science

Satélite produzido por alunos do ITA é lançado ao espaço

O cubo tem apenas dez centímetros de lado e pesa menos de um quilo
O cubo tem apenas dez centímetros de lado e pesa menos de um quilo (YouTube/Reprodução)

O primeiro satélite de pequeno porte brasileiro, o Cubesat AESP-14, foi lançado ao espaço na quinta-feira, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Trata-se de um cubo apenas 10 centímetros de lado e menos de 1 quilo de peso, produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ambos em São José dos Campos, em São Paulo.
Sua função é transmitir dados na frequência de radioamador. A partir dele, a comunidade radioamadora receberá 100 arquivos armazenados no satélite. O equipamento foi criado principalmente para capacitar mão de obra no país. 
O lançamento AESP-14 foi realizado por meio do dispositivo japonês JEM Small Satellite Orbital Deployer (J-SSOD), um lançador desenvolvido para satélites de pequeno porte. No momento do lançamento, a estação espacial estava nas proximidades do continente africano.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

AS 10 MAIS BELAS BIBLIOTECAS DO MUNDO



1. Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, Portugal
A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra divide-se em dois edifícios, sendo a Biblioteca Joanina, construída no século 18, considerada monumento nacional português por sua riqueza arquitetônica e decorativa.

2. Beinecke Rare Book and Manuscript Library, Yale University, New Haven, Estados Unidos
Inteiramente dedicada a manuscritos e livros raros, a Beinecke, da universidade de Yale, foi construída em 1963, de acordo com projeto de Gordon Bunshaft, do escritório Skidmore, Owings and Merrill ? SOM. É a maior biblioteca do gênero no mundo.

3. Antigua Librería da Universidad de Salamanca, Espanha
Com aproximadamente 906 mil títulos, em sua maioria manuscritos em pergaminho e livros raros, a biblioteca começou a ser construída em 1411, dentro daquela que é a universidade mais antiga da Espanha e uma das mais antigas da Europa.

4. The Trinity College Library, Dublin, Irlanda
Conhecida como “The Long Room”, ou salão longo, sua construção data de 1592. A maior biblioteca da Irlanda, ela conta com nada menos do que 5 milhões de volumes em seu acervo.

5. Philological Library, Free University, Berlim, Alemanha
Norman Foster se inspirou no formato de um cérebro humano para projetar a biblioteca inaugurada em 2005. Com 700 mil volumes, ela é o principal edifício da universidade e se tornou um dos principais pontos turísticos da capital alemã.

6. Central Library, University of Technology, Delft, Holanda
Principal centro universitário holandês, a cidade de Delft se orgulha da biblioteca central da University of Technology, um projeto do estúdio local Mecanoo, inaugurado no ano de 1997.

7. Biblioteca da Pontificia Università Lateranense, Roma, Itália
Conhecido como Biblioteca Pia, o acervo foi criado pelo Papa Pio IX, em 1895, mas a sede dos 700 mil volumes atuais foi fundada em 2007 pelo Papa Bento XVI, que chamou o arquiteto italiano King Roselli para conceber o projeto.

8. The Harper Library Reading Room, University of Chicago, Chicago, Estados Unidos
Renovada pelos arquitetos do escritório norte-americano Studio Gang, em 2008, a sala de leitura da universidade de Chicago é uma das primeiras bibliotecas dos Estados Unidos a ficar aberta 24h por dia, 7 dias por semana.
9. George Peabody Library, Johns Hopkins University, Baltimore, Estados Unidos
Desenhada pelo arquiteto Edmund Lind, a principal biblioteca da Johns Hopkins University abriu as portas em 1878, após mais de dez anos de construção. Atualmente, é considerada a principal atração arquitetônica de Baltimore.

10. Wren Library, Trinity College, Cambridge University, Cambridge, Reino Unido
Uma das inúmeras bibliotecas de Cambridge, a Wren Library guarda todo o acervo de livros do Trinity College e exibe bustos dos ex-alunos que conquistaram maior notoriedade no campo da pesquisa científica.

Viaje de Sol à Júpiter nessa incrível animação

 (Foto: Reprodução)

Se você pudesse pegar carona em um fóton que acaba de escapar do sol e segue viagem até Júpiter, o que iria ver seria extremamente parecido com o que mostra a animação Riding Light, do artista americano Alphonse Swinehart. De uma forma extremamente simples, ele simulou uma jornada na velocidade da luz do sol até Júpiter, preservando aspectos como o tempo e as distâncias que separam um astro e outro.

Uma das reflexões mais interessantes sobre o vídeo é pensar como os impressionantes 299.792.458 m/s da luz são, na realidade, lentos se levarmos em conta a imensidão do espaço. Também é um pouco assustador imaginar como o nosso sistema solar é, na realidade, composto em grande parte por imensos vazios.



     Embarque nessa viajem cósmica de 45 minutos:


              
                                     Riding Light from Alphonse Swinehart on Vimeo.

Via: Galileu

Projeto do míssil A-Darter deve ficar pronto em 2016


O Brasil e África do Sul, parceiros no projeto desenvolvimento do míssil ar-ar de curto alcance de 5ª geração A-Darter, anunciaram que 90% do projeto está concluído e que a previsão é que a nova arma esteja pronta já em 2016.


Até o momento foram investidos mais de R$ 300 milhões no míssil com 12km de alcance, com guiagem por infravermelho, com 2,98m de comprimento, peso de 90kg e vetoração de empuxo que garante manobras extremas suportando até 100g. Também possui sistemas de contramedidas que dificultam o míssil ser enganado pelos flares, iscas de calor lançadas pelo avião inimigo para despistar o A-Darter. O míssil tem capacidade de engajar um alvo antes ou depois de ser disparado e é compatível com sistema de mira montada no capacete.


As empresas brasileiras Mectron, Avibras e Optoeletrônica já recebem tecnologia transferida pela Denel, da África do Sul. A parceria para o desenvolvimento começou em 2006 e o objetivo é que os dois países produzam componentes para futuras exportações. Técnicos brasileiros participaram do projeto e das decisões do programa, incluindo em áreas sensíveis como os algoritmos de programação dos sistemas.