terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Pentagrafeno: Descoberta nova variante do carbono

Pentagrafeno: Descoberta nova variante do carbono
A simulação computacional garante que é possível sintetizar uma camada de átomos de carbono com estruturas de cinco lados. [Imagem: Virginia Commonwealth University]
Pentagrafeno
Uma equipe internacional acaba de descobrir uma variante estrutural do grafeno, batizada por eles de pentagrafeno.
Trata-se de uma folha monoatômica de carbono puro que apresenta uma estrutura pentagonal (5 lados) - o grafeno possui uma estrutura hexagonal (6 lados).
"As três últimas formas de carbono que foram descobertas foram os fulerenos, os nanotubose o grafeno. O pentagrafeno vai pertencer a esta categoria," avalia Puru Jena, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, que fez a descoberta em conjunto com colegas do Japão e da China.
A equipe simulou em computador a síntese do alótropo do carbono formado apenas por hexágonos. Os resultados sugerem que o material poderá rivalizar com o grafeno, sendo mecanicamente estável, muito forte e termicamente estável até cerca de 1.000º C.
Melhor que o grafeno
A grande vantagem da nova forma de carbono é que o pentagrafeno parece ser semicondutor, considerada a grande deficiência do grafeno para sua aplicação na eletrônica.
Para aplicações estruturais - fibras ultrafortes, por exemplo - o pentagrafeno parece ser melhor, já que, se for esticado, ele se expande nos dois planos, enquanto o grafeno expande-se na direção em que é puxado mas se contrai na perpendicular.
O próximo passo será sintetizar o pentagrafeno na prática e ver se ele realmente se comporta como nas simulações de computador.
"Uma vez que você o fabrique, ele será muito estável. Então a questão se torna, Como fazê-lo? Em nosso artigo nós damos algumas ideias. Neste momento o projeto é teórico, é baseado em modelagem computacional, mas nós acreditamos muito fortemente nessas previsões," disse Shunhong Zhang, dono do momento eureca da síntese do pentagrafeno.
"E, uma vez que você o tenha fabricado, ele abrirá um ramo totalmente novo na ciência do carbono. Carbono bidimensional feito completamente de pentágonos era totalmente desconhecido até agora," finalizou ele.

Faça você mesmo: NASA apoia a criação de satélites por cidadãos comuns


  (Foto: divulgação CPBR 8)
Você pode construir um satélite da sua casa usando apenas seu celular! O consultor da NASA, Matthew F. Reyes, apresentou em sua palestra na Campus Party alternativas colaborativas para os cidadãos comuns ajudarem em pesquisas espaciais. "A NASA é uma agência espacial feita para as pessoas e não para os militares", disse Reyes.

Reyes apresentou os CubeSats, nanosatélites lançados através de outros satélites já no espaço. Essas micronaves são alternativas para exploração espacial por serem pequenas e leves - medem cerca de 10 cm³ e pesam menos de 3 quilos. O consultor da NASA ainda disse que essa tecnologia é simples e pode ser feita por qualquer pessoa. Em um vídeo, ele mostrou a ação de um smartphone dentro de um CubeSat. “São satélites de curto alcance. Acabam queimando na própria atmosfera da terra, então não se torna lixo espacial”, explica Reyes sobre a decomposição dos microsatélites.


As impressoras 3D também foram assunto na palestra de Reyes. Ele apresentou projetos da NASA de usar essa tecnologia na Lua. Funcionaria da seguinte maneira: um pequeno robô com uma impressora 3D acoplada recolheria rochas lunares e construiria estruturas mais complexas, como uma base lunar. “É uma tecnologia simples e totalmente factível”, encerrou Reyes.


Confira o vídeo do projeto da agência espacial européia com impressoras 3D na Lua:



Via: Galileu

“O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de São Paulo”

“O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de São Paulo”

Para o meteorologista Augusto José Pereira Filho, professor da USP, a falta de nuvens é a explicação para a seca que atinge o Sudeste. Nesta entrevista, ele afirma que o fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. A próxima estiagem, diz ele, já tem data para ocorrer: entre 2019 e 2024


O meteorologista Augusto José Pereira Filho
O meteorologista Augusto José Pereira Filho (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

A crise hídrica que afeta o Sudeste levou a uma busca por explicações para a ausência das chuvas. A hipótese mais forte, segundo meteorologistas e ativistas, é que o aquecimento global seja a razão por trás do calor e seca sem precedentes. O planeta estaria sofrendo as consequências das emissões do CO2 causadas pelo homem: temperaturas extremas, desequilíbrio ambiental, falta d’água. Na última quinta-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que a estiagem e a crise hídrica de vários países, provocadas pelas mudanças climáticas, pode levar a conflitos entre as nações. Para Augusto José Pereira Filho, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo e um dos maiores especialistas do Brasil em recursos hídricos e previsões climáticas, a explicação é outra.
Com sua experiência de meteorologista com títulos e qualificações em instituições como a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), Pereira Filho desmente as relações entre a estiagem que vivemos e o desmatamento da Amazônia ou o acúmulo de CO₂. Em seu gabinete da universidade, rodeado por dados de radares, satélites e dados dos milímetros de chuva que caem na região metropolitana de São Paulo, prevê com a precisão que a ciência atual é capaz de oferecer que essa crise se tornará rotina: a próxima deve atingir o Sudeste entre 2019 e 2024.
“Esse fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. Trata-se de um ciclo que tem ocorrido a cada cinco ou dez anos”, afirma.
Ação do homem — O cientista também questiona a certeza de que o homem está por trás do aquecimento global. Nosso impacto, diz Pereira Filho, é determinante apenas localmente. Para o planeta, somos um dos inúmeros e complexos fatores a influir em suas condições meteorológicas — e estamos longe de ser os mais fortes.
Nesta entrevista, Pereira Filho afirma que ainda existem incertezas sobre o funcionamento de mecanismos climáticos e meteorológicos básicos, como o ciclo da água ou das nuvens. Nessa área, a ciência esbarra em limitações que tornam impossível afirmar que há apenas uma causa para explicar nevascas, secas ou tempestades inesperadas. São conjuntos de fatores que, unidos, trabalham para gerar as temperaturas e eventos que conhecemos. E, às vezes, eles surpreendem.
Na última quinta-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que a seca e a crise hídrica de vários países, causadas pelas mudanças climáticas, pode levar a conflitos. Há relação entre o aquecimento global e a seca que o Sudeste enfrenta? O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de São Paulo. Essa crise acontece porque as nuvens sumiram justamente na estação chuvosa de São Paulo. A região metropolitana é uma ilha de calor, isto é, mais quente do que o seu entorno por causa da poluição, concreto e asfalto. Esse fenômeno favorece as chuvas e, por isso, chove muito mais na cidade que no passado. Os anos de 2010 a 2013 estão entre os dez mais chuvosos da história de São Paulo.
Como pode estar mais seco e chover mais? Não há falta de chuva? Está chovendo mais, mas nos lugares errados. Chove sobre a capital, que é uma ilha de calor, mas não está chovendo sobre o sistema Cantareira. São regiões que passam por situações meteorológicas diferentes. O ano de 2014 não é o ano mais seco da história da cidade de São Paulo, mas o 13.º no ranking.
Então por que essa seca é vista como histórica? A região metropolitana está mais quente, mais seca e com poucas nuvens. Assim, quando a chuva se forma, são tempestades intensas devido ao excesso de calor e umidade trazida pela brisa do mar — que evaporam rapidamente por causa das altas temperaturas. Além disso, com o calor, as pessoas consomem mais água, agravando sua falta nos reservatórios. Em janeiro, de acordo com nossas medições, choveu acima da média na cidade de São Paulo. 
Os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que em janeiro em São Paulo houve apenas 156,2 milímetros de precipitação, abaixo da média histórica (de 1943 a 2015) de 262,4 milímetros. Por que o senhor diz que choveu mais? A estação do IAG tem dados diferentes, que mostram que choveu 261 milímetros, ou seja, 40 milímetros acima da média histórica (de 1933 a 2014) de 220 milímetros. Essa diferença nas medições acontece porque a estação do Inmet está no mirante de Santana, um lugar que se modificou muito nos últimos sessenta anos, com ocupação e construções. Já a estação do IAG está sobre um lago no Parque do Estado, na capital. Como essa é uma área protegida, ela não sofreu alterações significativas desde que foi construída e, assim, é capaz de registrar apenas as variações climáticas. Em meteorologia, sutilezas como essas são muito importantes. 
Então não é possível confiar nos dados? É prudente saber de onde vêm. Estações meteorológicas, pluviômetros, radares e satélites são equipamentos sensíveis e que precisam de manutenção constante. É difícil conhecer as condições de todos os equipamentos para saber exatamente a qualidade dos dados. Pode haver interferências de todo o tipo nas informações. Se um pluviômetro está no meio da floresta e um passarinho faz seu ninho sobre ele, os dados são alterados. 
Outra hipótese levantada sobre as causas da seca no Sudeste é o desmatamento na Amazônia. Há alguma relação? Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O papel da Amazônia é transferir a umidade do Atlântico para o Sudeste e Sul. A Amazônia é uma dádiva do Oceano Atlântico. A floresta também sofreu com a falta de chuvas. A seca está relacionada, entre outros fatores, à ausência da Zona de Convergência do Atlântico Sul. Esse fenômeno, caracterizado por nuvens e massas de ar frio que atraem a umidade da Amazônia e a injeta no Sudeste, trazendo chuvas, de início se deslocou em direção à Bahia e, em seguida, deixou de acontecer. 
Via: Veja

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Imagens da NASA revelam lado oculto da Lua




                     E se as rupturas da represa abrirem muito rápido
                      E se não houver nenhuma casa em cima da montanha
                        E se sua cabeça explodir com mau presságio também
                          Eu verei você no lado escuro da lua
                                                  Pink Floyd - Brain Damage 

Um mapeamento de cinco anos de duração da Nasa revela mais detalhes da face oculta da Lua.
Imagens feitas pela espaçonave-robô Orbitador de Reconhecimento Lunar deram origem a um vídeo divulgado nesta semana pela agência espacial americana.
O lado da Lua que não pode ser visto a partir da Terra abriga uma região acidentada chamada de bacia do Polo Sul-Aitken, resultado de um dos maiores e mais antigos impactos conhecidos no Sistema Solar. 


Via: BBC

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A física por trás da mancha de café




Manchas de café podem parecer banais, mas elas são realmente uma interessante peculiaridade da física.

Agora, pesquisadores descobriram uma reviravolta surpreendente que muda nossa compreensão de como essas manchas se formam. Acontece que líquidos, como café , que são constituídos por partículas esféricas, secam de forma diferente do que os líquidos com partículas mais alongadas, descobriram os cientistas.
No caso do café, todas as partículas, ou aglomerado de moléculas, são cerca de um micrômetro (um milionésimo de metro) de largura, que é cerca de 10.000 vezes maior do que as moléculas individuais de café, disseram os pesquisadores.

Manchas de café
mancha de café

Como uma gota de café seca, o líquido evapora mais eficiente a partir de bordas mais finas da gota. O líquido no meio, então, flui para fora, para repor as margens, carregando os sólidos em suspensão com ele. Estes são, então, deixado para trás em um anel em torno das bordas da queda, quando toda a água tiver evaporado, deixando o halo escuro revelador à beira da queda, com um centro mais translúcido para a mancha.

Investigadores assumiram que as partículas que eram oblongas, em vez de esféricas, se comportam de forma semelhante. Para sua surpresa, eles descobriram que as partículas alongadas tendem a se acumular muito mais fortemente do que as partículas esféricas . Isso impede o acúmulo do fluxo de líquido a partir do meio de uma gota para a borda, distribuindo assim os sólidos mais uniformemente quanto a gota seca, e deixando para trás uma mancha, mesmo sem o efeito de anel.



"Eu acho que as pessoas ficam muito surpresas ao saberem que apenas mudando a forma das partículas, sem alterar a química, somos capazes de evitar este efeito", disse  estudante Peter Yunker, da Universidade d Pensilvânia, que liderou a pesquisa.
A revelação poderia ser de interesse para além da comunidade da física.
conteúdo elegante de física em objetos do cotidiano, " disse Yunker. "Há também uma grande quantidade de aplicações práticas que saem de uma física muito básica."


Por exemplo, a descoberta da mancha de café poderia ajudar as pessoas que trabalham  com tinta, como pintores, que muitas vezes não medem esforços para impedir que os seus produtos sequem de forma irregular, sem adição de solventes sólidos extras.


"Nós estávamos realmente interessados ​​em compreender o que podemos fazer para evitar o efeito do café-ring", disse Yunker.


"Em cartuchos jato de tinta, a tinta custa mais do que champanhe caro por volume", Yunker acrescentou. "Se conseguirmos reduzir o teor de sólidos em tinta a jato de tinta por uma pequena quantidade, nós potencialmente poderia diminuir o custo por uma grande quantidade."

Via: Live Science

Satélite produzido por alunos do ITA é lançado ao espaço

O cubo tem apenas dez centímetros de lado e pesa menos de um quilo
O cubo tem apenas dez centímetros de lado e pesa menos de um quilo (YouTube/Reprodução)

O primeiro satélite de pequeno porte brasileiro, o Cubesat AESP-14, foi lançado ao espaço na quinta-feira, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Trata-se de um cubo apenas 10 centímetros de lado e menos de 1 quilo de peso, produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ambos em São José dos Campos, em São Paulo.
Sua função é transmitir dados na frequência de radioamador. A partir dele, a comunidade radioamadora receberá 100 arquivos armazenados no satélite. O equipamento foi criado principalmente para capacitar mão de obra no país. 
O lançamento AESP-14 foi realizado por meio do dispositivo japonês JEM Small Satellite Orbital Deployer (J-SSOD), um lançador desenvolvido para satélites de pequeno porte. No momento do lançamento, a estação espacial estava nas proximidades do continente africano.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

AS 10 MAIS BELAS BIBLIOTECAS DO MUNDO



1. Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, Portugal
A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra divide-se em dois edifícios, sendo a Biblioteca Joanina, construída no século 18, considerada monumento nacional português por sua riqueza arquitetônica e decorativa.

2. Beinecke Rare Book and Manuscript Library, Yale University, New Haven, Estados Unidos
Inteiramente dedicada a manuscritos e livros raros, a Beinecke, da universidade de Yale, foi construída em 1963, de acordo com projeto de Gordon Bunshaft, do escritório Skidmore, Owings and Merrill ? SOM. É a maior biblioteca do gênero no mundo.

3. Antigua Librería da Universidad de Salamanca, Espanha
Com aproximadamente 906 mil títulos, em sua maioria manuscritos em pergaminho e livros raros, a biblioteca começou a ser construída em 1411, dentro daquela que é a universidade mais antiga da Espanha e uma das mais antigas da Europa.

4. The Trinity College Library, Dublin, Irlanda
Conhecida como “The Long Room”, ou salão longo, sua construção data de 1592. A maior biblioteca da Irlanda, ela conta com nada menos do que 5 milhões de volumes em seu acervo.

5. Philological Library, Free University, Berlim, Alemanha
Norman Foster se inspirou no formato de um cérebro humano para projetar a biblioteca inaugurada em 2005. Com 700 mil volumes, ela é o principal edifício da universidade e se tornou um dos principais pontos turísticos da capital alemã.

6. Central Library, University of Technology, Delft, Holanda
Principal centro universitário holandês, a cidade de Delft se orgulha da biblioteca central da University of Technology, um projeto do estúdio local Mecanoo, inaugurado no ano de 1997.

7. Biblioteca da Pontificia Università Lateranense, Roma, Itália
Conhecido como Biblioteca Pia, o acervo foi criado pelo Papa Pio IX, em 1895, mas a sede dos 700 mil volumes atuais foi fundada em 2007 pelo Papa Bento XVI, que chamou o arquiteto italiano King Roselli para conceber o projeto.

8. The Harper Library Reading Room, University of Chicago, Chicago, Estados Unidos
Renovada pelos arquitetos do escritório norte-americano Studio Gang, em 2008, a sala de leitura da universidade de Chicago é uma das primeiras bibliotecas dos Estados Unidos a ficar aberta 24h por dia, 7 dias por semana.
9. George Peabody Library, Johns Hopkins University, Baltimore, Estados Unidos
Desenhada pelo arquiteto Edmund Lind, a principal biblioteca da Johns Hopkins University abriu as portas em 1878, após mais de dez anos de construção. Atualmente, é considerada a principal atração arquitetônica de Baltimore.

10. Wren Library, Trinity College, Cambridge University, Cambridge, Reino Unido
Uma das inúmeras bibliotecas de Cambridge, a Wren Library guarda todo o acervo de livros do Trinity College e exibe bustos dos ex-alunos que conquistaram maior notoriedade no campo da pesquisa científica.

Viaje de Sol à Júpiter nessa incrível animação

 (Foto: Reprodução)

Se você pudesse pegar carona em um fóton que acaba de escapar do sol e segue viagem até Júpiter, o que iria ver seria extremamente parecido com o que mostra a animação Riding Light, do artista americano Alphonse Swinehart. De uma forma extremamente simples, ele simulou uma jornada na velocidade da luz do sol até Júpiter, preservando aspectos como o tempo e as distâncias que separam um astro e outro.

Uma das reflexões mais interessantes sobre o vídeo é pensar como os impressionantes 299.792.458 m/s da luz são, na realidade, lentos se levarmos em conta a imensidão do espaço. Também é um pouco assustador imaginar como o nosso sistema solar é, na realidade, composto em grande parte por imensos vazios.



     Embarque nessa viajem cósmica de 45 minutos:


              
                                     Riding Light from Alphonse Swinehart on Vimeo.

Via: Galileu

Projeto do míssil A-Darter deve ficar pronto em 2016


O Brasil e África do Sul, parceiros no projeto desenvolvimento do míssil ar-ar de curto alcance de 5ª geração A-Darter, anunciaram que 90% do projeto está concluído e que a previsão é que a nova arma esteja pronta já em 2016.


Até o momento foram investidos mais de R$ 300 milhões no míssil com 12km de alcance, com guiagem por infravermelho, com 2,98m de comprimento, peso de 90kg e vetoração de empuxo que garante manobras extremas suportando até 100g. Também possui sistemas de contramedidas que dificultam o míssil ser enganado pelos flares, iscas de calor lançadas pelo avião inimigo para despistar o A-Darter. O míssil tem capacidade de engajar um alvo antes ou depois de ser disparado e é compatível com sistema de mira montada no capacete.


As empresas brasileiras Mectron, Avibras e Optoeletrônica já recebem tecnologia transferida pela Denel, da África do Sul. A parceria para o desenvolvimento começou em 2006 e o objetivo é que os dois países produzam componentes para futuras exportações. Técnicos brasileiros participaram do projeto e das decisões do programa, incluindo em áreas sensíveis como os algoritmos de programação dos sistemas.

Conceito de avião futurístico é uma "Baleia do Céu"

Isto é um avião ou uma baleia voadora?

[Imagem: Oscar Vinals]

Existem várias propostas para os 
aviões do futuro, incluindo uma vião-conceito da Airbus e váriaspropostas da NASA para "aviões modelo 2025".
Mas o AWWA Sky Whale (baleia do céu, em tradução livre) é uma aeronave conceitual projetada não por engenheiros, mas por um designer, o espanhol Oscar Vinals.
Com três andares para passageiros, ele parece mesmo o cruzamento de uma baleia com uma espaçonave de ficção científica.
Mas será que esse projeto colossal é o prenúncio do futuro do transporte aéreo?
No mundo da aviação comercial, maior geralmente significa melhor. O despontar da era dos jatos trouxe modelos como o Boeing 707, uma aeronave capaz de carregar mais passageiros mais rapidamente do que qualquer modelo a hélice.
Nas décadas que se seguiram, os aviões ficaram cada vez maiores. O advento dos Boeing 747 possibilitou ainda mais passageiros por voo, barateando as passagens. Hoje, o Airbus A380 pode levar entre 500 e 850 pessoas.
"Viajar no Sky Whale poderia ser como viajar em sua própria poltrona de cinema, curtindo o que está acontecendo à sua volta; com algum ruído de motor ao fundo, mas com uma grande sensação de segurança dentro de uma estrutura ampla e inteligente," diz Vinals.
Isto é um avião ou uma baleia voadora?
[Imagem: Oscar Vinals]
Decolagem vertical
O projeto usa tecnologias avançadas ou meramente conceituais, como janelas que se consertam sozinhas, motores giratórios (tiltrotor) que permitem uma decolagem quase vertical e uma propulsão híbrida.
"Os motores e as baterias são alimentados por uma turbina dentro das asas, com um dínamo potente e de alta velocidade," explica o designer.
O projeto também precisaria de um sistema para redirecionar o fluxo de ar para os motores e para controlar o fluxo laminar, ou seja, para reduzir a turbulência em torno do avião e diminuir o arrasto.
Vinals reconhece que nenhuma dessas tecnologias é viável em larga escala atualmente, mas todas elas "são possíveis".
"Fiz esse projeto porque sou um entusiasta da aviação e das viagens aeroespaciais - da tecnologia, do desenvolvimento e da evolução. E gostaria de contribuir com a minha visão", justificou.
Isto é um avião ou uma baleia voadora?
[Imagem: Oscar Vinals]
Evolução em lugar de revolução
Segundo Michael Jump, professor de engenharia aeroespacial da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, existem três fatores a serem levados em conta quando se avalia o design de um avião e que servem como uma estimativa de eficiência.
Eles são conhecidos como a Equação de Breguet: eficiência propulsiva (o quão eficazes são os motores), eficiência aerodinâmica (se existe maximização da sustentação e redução do arrasto) e eficiência estrutural (quantos passageiros podem ser transportados).
Tecnicamente, o melhor design é aquele que maximiza todas estas três variáveis. Os grandes fabricantes de aviões já fizeram pequenas alterações a essa equação, mas na prática ficaram fiéis aos designs já testados e aprovados.
"Empresas como a Boeing e a Airbus têm muita experiência em construir aviões que se parecem com um tubo com asas," diz Jump. "Quando querem desenhar um novo modelo, acabam optando por evoluir em vez de revolucionar".
O cilindro é também uma maneira estruturalmente eficiente de conter a pressão atmosférica, o que os aviões têm de fazer para manter a pressurização da cabine adequada para os passageiros quando voam em grandes altitudes.
Isto é um avião ou uma baleia voadora?
[Imagem: Oscar Vinals]
Inspiração e imaginação
Mark Drela, professor do departamento de aeronáutica do MIT, concorda: "A fuselagem do avião é um recipiente de pressão. Para isso, é realmente necessário que se tenha uma seção circular. Você não vê tanques de oxigênio para mergulho retangulares. Ser redondo significa ser leve."
E, em um avião, peso é tudo. "Os aviões têm a cara que têm não por causa de uma decisão estética, mas essencialmente por motivos técnicos. A forma segue a função," explica Drela.
Além disso, para um fabricante vender um novo modelo de avião, é preciso demonstrar que ele é seguro. As regulamentações de segurança evoluíram ao longo de um século de voos tripulados, mas com um desenho radical seria muito mais difícil demonstrar isso.
"O avião otimizado é como um grande conjunto de concessões. É uma tarefa colossal poder equilibrar tudo", diz Drela.
Assim, talvez uma baleia com asas não seja a melhor proposta, mas Vinals prefere a inspiração e a imaginação, citando Albert Einstein: "A sua imaginação é a pré-visualização das próximas atrações da vida".

É possível fazer um 'back up' do cérebro?


Crédito: Getty
Projetos científicos tentam descobrir maneiras           de 'salvar' memória humana

Se fosse possível "salvar" sua memória como fazemos com informações no disco rígido de um computador, você faria isso? Essa é uma questão que alguns cientistas esperam poder nos fazer em breve.
Desde os primeiros desenhos riscados em paredes de cavernas na Pré-História, o homem vem tentando transcender a inexorável esvanecimento da memória.
História oral, diários, livros de memórias, fotografias, filmes e poesia são alguns dos instrumentos usados nessa busca.
Mais recentemente, passamos a arquivar nossas memórias nos enigmáticos servidores da internet.
Sites como Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e provedores de e-mails guardam registros de eventos importantes de nossas vidas, além de imagens e correspondências que trocamos com outras pessoas. Coletamos nossas memórias com um grau de detalhamento nunca antes possível.
E, na fronteira entre o possível e o impossível, equipes de cientistas trabalham para criar tecnologias capazes de fazer cópias de nossas mentes – e, portanto, de nossas memórias – que possam viver muito além de nós. 
Se atingirem esse objetivo, as consequências serão profundas. Conheça alguns desses projetos e entenda o que eles pretendem alcançar e de que forma.

Crédito: Thinkstock
Equipes de cientistas trabalham para descobrir tecnologias que 'eternizem' nossas mentes

Eterni.me

O californiano Aaron Sunshine, de 30 anos, perdeu sua avó recentemente. "Me dei conta de quão pouco dela ficou", disse.
"São apenas alguns pertences, entre eles, uma camisa velha que às vezes visto quando estou em casa."
A morte da avó levou Sunshine a procurar os serviços do site Eterni.me, um serviço que preserva as memórias de uma pessoa, após sua morte, na internet.

(ethermoon/Flickr/CC BY-ND 2.0)

Funciona da seguinte maneira: em vida, o cliente dá ao Eterni.me acesso a todas as suas contas em sites como Facebook, Twitter e provedores de e-mail. E também faz uploads de fotos, de históricos geográficos de locais onde esteve e até de coisas que viu usando a ferramenta Google Glass.
As informações são coletadas, filtradas e analisadas antes de serem transferidas para um avatar (uma pessoa virtual que tenta imitar a aparência e personalidade do usuário).
O avatar aprende mais sobre a pessoa à medida que interage com ela ao longo da vida. O objetivo é que o avatar possa, no decorrer do tempo, refletir com cada vez mais precisão a personalidade desta pessoa.

Getty

"A ideia é criar um legado interativo, uma forma de evitar (que a pessoa) seja totalmente esquecida no futuro", disse Marius Ursache, um dos criadores do Eterni.me.
"Seus bisnetos usarão (o site) - em vez de uma ferramente de buscas ou uma linha do tempo - para acessar informações sobre você, desde fotos de eventos da família até suas opiniões a respeito de certos assuntos, ou mesmo canções que você escreveu, mas nunca mostrou a ninguém."
Sunshine diz que poder interagir dessa forma com um avatar de sua avó lhe traria conforto. "Ela não estaria tão longe de mim", diz.
Ursache tem planos ambiciosos para o Eterni.me. "(O serviço) poderia ser uma biblioteca virtual da humanidade", sugere.
Mas a tecnologia ainda é incipiente. Ele calcula que os assinantes do serviço terão de interagir com seus avatares durante décadas para que a simulação se torne tão precisa quanto for possível.
Ele conta que já recebeu muitas mensagens de pacientes terminais que querem saber quando o serviço estará disponível e se eles poderiam fazer registros de si próprios antes de morrer.
"É difícil responder a essas pessoas, porque a tecnologia pode levar anos para atingir um nível adequado, até que seja utilizável e tenha algo real a oferecer."

(Hartwig HKD/Flickr/CC BY-ND 2.0)

Cérebro 'back up'

E, se em vez de simplesmente escolhermos o que queremos capturar em formato digital, pudéssemos gravar tudo, absolutamente tudo o que uma mente contém?
Isto não é ficção científica. Em teoria, exigiria três avanços básicos.
Os cientistas teriam de descobrir como preservar o cérebro de alguém após sua morte. Depois, a informação contida nesse cérebro precisaria ser analisada e arquivada. Finalmente, a mente da pessoa precisaria ser "recriada" em um outro cérebro, construído artificialmente.

(Bridget H/Flickr/CC BY 2.0)

Cientistas de todo o mundo já trabalham para tentar criar um cérebro humano artiticial. Nele poderia ser feito o upload de um arquivo de segurança da memória de um ser humano – ou, pelo menos, essa é a ideia.
O Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, oferece um curso de conectomia – um campo ainda emergente da ciência onde pesquisadores tentam criar um mapa contendo todas as conexões existentes em um cérebro humano.
Especialistas trabalhando em outro projeto, o "US Brain", tentam registrar a atividade cerebral de milhões de neurônios. E, na Europa, o projeto "EU Brain" tenta construir modelos integrados capazes de simular esta atividade.

Getty

O pesquisador Anders Sandberg, do Instituto Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descreve esses projetos como importantes passos rumo a um ponto onde seremos capazes de copiar um cérebro humano em sua totalidade.
"O objetivo é copiar a função do cérebro original. Se for colocada para funcionar, a cópia será capaz de pensar e agir como o original", diz Sandberg.
Ele explica que o progresso tem sido lento, porém contínuo. "Já somos capazes de mapear pequenas amostras de tecido cerebral em três dimensões. (Os modelos) têm um índice de resolução maravilhoso, mas os blocos têm apenas alguns microns de largura".
O especialista diz que, à medida que os métodos melhorarem, a informação contida no tecido "escaneado" será convertida automaticamente em modelos que poderão ser lidos e "rodados" pelo simulador.
"Já temos as partes, mas ainda não temos a tubulação conectando os cérebros e as cópias".

(Wendy/Flickr/CC BY-SA 2.0)

Corrida do Ouro

O desafio é grande, mas não parece haver escassez de investimentos nesse campo. O Google, por exemplo, vem investindo pesado no projeto Google Brain, que tenta simular aspectos do cérebro humano.
O diretor do projeto, o polêmico Ray Kurzweil, tornou-se o líder de uma comunidade de cientistas. Eles dizem acreditar ser possível fazer um back updigital de um cérebro humano - e dizem que ainda estarão vivos quando isso acontecer.

(thephotographymuse/Flickr/CC BY 2.0)

O Google também contratou o britânico Geoff Hinton, cientista da computação e um dos maiores especialistas do mundo em redes neurais – os circuitos por meio dos quais a mente humana pensa e lembra.
Em 2011, um empresário russo, Dmitry Itskov, fundou um projeto batizado de "A Iniciativa 2045". O nome se baseia em uma previsão, feita por Kurzweil, de que em 2045 seremos capazes de fazer um back up de nossas mentes na nuvem (rede global de servidores interligados que armazenam dados).
Os frutos de todo esse trabalho ainda não são conhecidos, mas o esforço claramente existe.

Getty

O neurocientista Randal Koene, diretor de ciência da "Iniciativa 2045", é enfático. Ele diz que a criação de uma réplica operante do cérebro humano está ao alcance da humanidade.
"O desenvolvimento de próteses neurais já demonstra ser possível 'rodar' funções da mente (no computador)".
Não se trata de exagero. Ted Berger, professor do Center for Neuroengineering da Universidade da Califórnia do Sul, em Los Angeles, Estados Unidos, conseguiu criar uma prótese de uma estrutura presente no cérebro conhecida como hipocampo. Localizada nos lobos temporais, ela está associada à codificação da memória.
Em 2011, uma prótese de hipocampo foi testada com sucesso em ratos de laboratório. Em 2012, ela foi testada, também com sucesso, em primatas. Berger e sua equipe pretendem testar a prótese em humanos ainda neste ano para demonstrar que já somos capazes de recriar algumas partes do cérebro do homem.

Porão da Memória

Fazer uma cópia de um cérebro humano é uma coisa, mas criar um arquivo digital das memórias de uma pessoa é um desafio bem diferente. Sandberg, de Oxford, questiona a viabilidade de uma empreitada como essa.
"Memórias não são arquivadas em ordem, como pastas em um computador, para criar um índice para buscas", ele diz.

(halfrain/Flickr/CC BY-SA 2.0)

"A memória consiste de redes de associações que são ativadas quando lembramos de algo. Para simular um cérebro, precisaríamos de cópias de todas elas."
De fato, seres humanos reconstróem informação a partir de regiões múltiplas do cérebro, de maneiras que são moldadas por nossas crenças e inclinações naquele momento. E tudo isso muda com o passar do tempo.
Outra questão problemática seria como extrair as memórias de uma pessoa sem destruir seu cérebro no processo.
"Sou cético em relação à noção de que seremos capazes de fazer esse escaneamento (da memória) sem provocar destruição", disse Sandberg.

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"Todos os métodos para escanear tecido neural com a alta resolução necessária são invasivos, e eu acho que vai ser muito difícil fazer isso sem despedaçar o cérebro."
Ainda assim, o especialista parece acreditar que um upload digital da memória de um indivíduo específico, passível de ser rastreado ou submetido a buscas, é algo possível. Mas somente se você for capaz de "rodar" o cérebro simulado por inteiro.
"Acho que há uma boa chance de que isso pode funcionar - e ainda neste século", ele diz.
"Talvez a gente precise simular tudo, desde o nível molecular. Nesse caso, as demandas sobre os computadores sejam grandes demais. É possível que o cérebro use dados difíceis de escanear, como estados quânticos (hipótese defendida por alguns físicos, mas por pouquíssimos neurocientistas)".
Ou, prossegue Sandberg, é possível que "softwares não possam ter consciência ou inteligência (uma ideia defendida por alguns filósofos mas por pouquíssimos cientistas da computação)".
"Não acho que essas questões procedem. Teremos de esperar para saber se estou certo".

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Cenários Possíveis

E, se for mesmo possível preservar uma mente humana, quais serão as implicações disso sobre a forma como vivemos?
Talvez isso traga benefícios inesperados, sugerem alguns.
O presidente da entidade britânica London Futurists, o futurólogo David Wood, diz que um back up digital da mente de uma pessoa poderia talvez ser estudado para trazer avanços na compreensão de como seres humanos pensam e se lembram.
Por sua vez, o neurocientista Andrew Vladimirov especula que, se a mente de uma pessoa pudesse ser arquivada digitalmente enquanto a pessoa estivesse viva, talvez os dados pudessem ser usados no tratamento psicanalítico desta pessoa.

(Robb North/Flickr/CC BY 2.0)

"Você poderia rodar, por meio da sequência inteira da vida da pessoa, algorítimos criados especialmente para ajudá-la a otimizar estratégias de comportamento", ele sugere.
Outros, como Sandberg, chamam a atenção para as implicações éticas disso.
Para ele, nos estágios iniciais de desenvolvimento da tecnologia, a principal questão ética teria a ver com as cópias quebradas.
"Talvez nos víssemos às voltas com entidades sofrendo dentro dos nossos computadores."
"Também haverá problemas na seleção de voluntários, especialmente se o processo de escaneamento for destrutivo", ele acrescenta.
E a coisa se complica ainda mais se ponderarmos sobre os direitos que uma mente copiada teria.
(Celene Colin/Flickr/CC BY-ND 2.0)
"Pessoas copiadas deveriam ter os mesmos direitos que pessoas normais, mas garantir esses direitos envolveria mudanças legislativas", diz Sandberg.

E talvez sejam necessários novos tipos de direitos, ele sugere. "Por exemplo, o direito de um humano copiado funcionar rodar em tempo real, para que possa participar da sociedade."
Via: BBC